terça-feira, 27 de março de 2012

promessa

 

a cidade não é a mesma.
rostos que desconheço me cercam.
ferrugens e sombra é o que resta de um tempo que passou.
o rio está morto.
restos de barcos habitam seu leito.
um sol cinzento e frio
deita no manguezal tristemente.
na torre do antigo presbitério o sino faz silêncio,
para não espantar os fantasmas da noite.
corujas espreitam a madrugada.
morcegos repetem um bailado em volta da praça.
nos fios de metal, sonolentas andorinhas
prometem refazer o verão.

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