domingo, 14 de setembro de 2014

Folha de MACAU



CAMPANHA começa a ESQUENTAR na Terra do SAL

           
                 
Na semana do aniversário da cidade, a campanha política invadiu as ruas de Macau trazendo de volta os costumeiros discursos e as velhas promessas eleitorais. Os eleitores, embora dizendo que os políticos não merecem voto nem credibilidade, ainda se encantam com a empolgação dos locutores, o colorido das bandeiras e o pipocar dos fogos de artifício, além dos animados e bem produzidos jingles eleitorais. No entanto, nas esquinas o cenário é de indefinição. Não há garantia no voto. É possível que na reta final a municipalização dos discursos, puxados pelas lideranças locais, acabe influenciando a preferência dos mais de vinte mil eleitores com direito ao voto no dia 5 de outubro.
            
 CARAVANA DA LIBERDADE


Robinson fez discurso no centro da cidade dizendo que volta para mostrar plano de governo


A ‘Caravana da Liberdade’ de Robinson e Fátima Bezerra chegou primeiro à Macau. Passou rapidamente, deixou a ‘Bandeira da Resistência e da Liberdade’ nas mãos de uma professora e prometeu voltar para apresentar seu plano de governo. Criticou as forças tradicionais que governaram o Estado durante várias décadas, não resolveram os problemas do povo e agora voltam com um ‘discurso de mudança’. “No palanque de lá tem sete ex-governadores e três senadores que tiveram oportunidades de fazer muito mais pelo Rio Grande do Norte e não fizeram. Falar que representam a mudança é querer enganar ao povo”, falou o candidato ao governo.


            








        




CARAVANA DA MUDANÇA

Na passagem de Henrique o discurso foi municipalizado em Macau


Henrique e Vilma chegaram numa noite de sábado e encontraram uma animada comitiva, liderada pelo prefeito Kerginaldo Pinto, esperando na entrada da cidade. A ‘Caravana da Mudança’ circulou pelas ruas principais e parou na Rua Baixa Verde onde estava armado o palanque. Poucos tiveram direito ao discurso, além dos candidatos da chapa majoritária. Vilma de Faria pediu o voto macauense relembrando os benefícios que trouxe quando foi governadora. Pediu licença para sair mais cedo alegando compromisso com a presidenciável Marina Silva. Enquanto Henrique Alves pedia a elevação do discurso pregando maturidade, paz e união, o ex-prefeito Flávio Veras, com sinais de descontrole e fora de contexto, constrangeu nativos e visitantes jogando pesado contra os adversários locais.


Ataques aos ex-prefeito Zé Antonio pegaram mal no palanque de Henrique



ALIANÇAS e ESTRATÉGIAS


           
     
Os representantes dos partidos que fazem oposição ao governo peemedebista em Macau, ao que parece, estão conscientes de que precisam se unir para garantir competitividade diante de uma bem aparelhada máquina oficial. Para isso, formaram uma comissão que será responsável pela campanha de Robinson em território salineiro. Eduardo Lemos (PSB), Zé Antonio Menezes e Odete Lopes (DEM), Afonso Lemos (PSD) Wilson Roberto (PT), Dércio Cabral (PPS) e Daniel Dantas (PROS) estão dispostos a afinar o discurso em torno de Robinson. O vice-prefeito Einstein Barbosa, ainda sem partido, até o momento não definiu com quem votará para governador.

           
O bloco governista, liderado pelo prefeito Kerginaldo Pinto, acredita que vence fácil no município. Embora não tenha conseguido a unidade em torno das candidaturas proporcionais, como desejava, vai jogar todas as fichas na eleição de Henrique Eduardo. Todos sabem que, se eleito, o filho de Aluízio Alves consolidará o projeto do grupo de dominar Macau até 2020, pelo menos. Para garantir a vitória, o líder peemedebista convocou o secretariado e pediu empenho na campanha. “Vamos pra rua unidos e com força!”, avisando que a partir de agora vai andar de casa em casa para conseguir voto. Além disso, aposta que as diferenças ideológicas transformam a oposição numa intrincada colcha de retalhos que inviabiliza qualquer sonho de quebrar as velhas correntes que prendem a liberdade eleitoral do povo de Macau.


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